A Cultura do Cancelamento na internet e o papel da Assessoria de Imprensa

18 de junho de 2021

Escrito por:

Samuel Souza

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“Nós queremos mudar o mundo!” A afirmação feita por Steve Jobs poderia facilmente servir como slogan para os propósitos da geração atual. 

Em tempos de Tribunal Virtual, contar com o apoio de profissionais da área da comunicação, sobretudo os especialistas em assessoria de imprensa, é essencial para o desenvolvimento de ações responsáveis e transparentes, fundamentais para que empresas e personalidades públicas não entrem na mira da Cultura do Cancelamento na internet. 

Cada vez mais conectado e bem-informado ao que acontece no mundo, o jovem contemporâneo, também conhecido como nativo digital, integra um grupo especial de consumidores que se sente mais qualificado para compartilhar experiências e manifestar o que pensa. 

Municiado apenas de um aparelho celular conectado à internet e pronto para iniciar uma guerra on-line contra as marcas que vão na contramão do pensamento da maioria, o consumidor moderno realiza um monitoramento virtual incessante, e que tem tirado o sono de executivos e celebridades. 

E a preocupação não é à toa, afinal, os prejuízos provenientes de uma crise instalada e mal gerida podem resultar na redução das vendas (para empresas) e em uma queda brusca do número de seguidores (para as personalidades). Em comum, ambos os perfis sentem o impacto não apenas na imagem da marca, mas também no bolso. 

Fortalecida pelo uso massivo das redes sociais, a Cultura do Cancelamento na internet é considerada agressiva e superficial (por uns) e necessária para o resgate e valorização da relação humanizada (por outros). É fato: no fim das contas, a ação sugere que os cancelados reflitam sobre o seu papel junto à sociedade. 

As empresas compreenderam que o revés sofrido pelo jogo mercadológico resultou em mais poderes para os consumidores. Nesta nova fase, são eles, os compradores, que ditam as regras e indicam o que (e como) uma marca deve fazer para não ser penalizada e ter de voltar algumas casas no tabuleiro direcionado à organização estratégica. 

O universo das redes sociais é o palco principal de um show em que a plateia é atraída por hashtags que indicam o descontentamento do público sobre uma marca. A partir do momento em que recebe esse “feedback”, a empresa precisa correr contra o tempo para solucionar o problema e evitar que o incêndio virtual se alastre e cause ainda mais danos à imagem da organização. 

Antes de se tornar uma crise real, a mobilização pode ser apenas uma forma de chamar a atenção de empresas e celebridades. O ponto é: marcas autênticas e com propósitos legítimos conseguem navegar com mais tranquilidade por esse conturbado oceano virtual. 

Para não ficar à deriva e até mesmo se afogar em uma crise gerada por um deslize qualquer nas redes sociais, a elaboração de um plano sólido de comunicação é crucial para a sobrevivência da marca. 

Os pilares para uma estratégia de comunicação consistente e prática são: 

 

Media Training

É muito importante estar preparado para entrevistas e demais apresentações realizadas diante das câmeras. Por mais conhecimento que o entrevistado tenha sobre um determinado assunto, é preciso que ele saiba como se comportar para transmitir a mensagem de forma clara, objetiva e com propriedade. 

 

Planejamento de pautas e monitoramento de informações

Além de checar o que está sendo publicado sobre a sua marca, é fundamental saber o que tem sido noticiado sobre os seus concorrentes. Desta forma, a assessoria de imprensa poderá se antecipar a situações que possam indicar uma crise, além de desenvolverem um plano rápido para questões que se apresentem como oportunidades. 

 

Propósito da marca alinhado à gestão

Contar com uma gestão integrada e participativa é fundamental para ampliar a visibilidade da marca diariamente. A ação reduz o risco de deslizes na comunicação que possam resultar em cancelamento da marca. 

 

A regra é clara: toda e qualquer marca corre o risco de ser “a cancelada da vez”. Produtos fiéis, ações sociais transparentes e posicionamento claro (e de acordo com a maioria), não são levados em consideração pela patrulha do cancelamento na internet ao menor sinal de descuido cometido por empresas e celebridades. 

Não é possível cancelar a Cultura do Cancelamento na internet, no entanto, o ato virtual, que simboliza a insatisfação do consumidor, reforça a mensagem de que em tempos de mudanças cada vez mais rápidas e intensas, pensar antes de se manifestar, com o auxílio de profissionais de assessoria de imprensa, é vital para a preservação da marca.  

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